A Polícia Rodoviária Federal (PRF) solicitou recentemente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), o edital de concurso com 1.500 vagas no cargo de policial rodoviário federal (Concurso PRF), com exigência de nível superior completo em qualquer área. E para temor de alguns candidatos, o certame deve ser mais uma vez coordenado pelo Cebraspe (antigo Cespe/UnB). Pelo menos é o que demonstra o histórico de seleções anteriores, quando desde 2002 o organizador elabora as provas e demais etapas do certame para a carreira de policial rodoviário federal, com exceção do penúltimo, realizado em 2009, quando contou sob elaboração da FunRio.
A dica dos especialistas é que os candidatos preparem-se neste momento pré-edital com foco no Cespe. Todo o temor pela banca gira em torno da forma que é corrigida as avaliações, sendo que é atribuído 1,0 ponto para cada questão correta e -1,0 ponto para cada questão incorreta.
Recentemente os representantes dos policiais rodoviários federais se reuniram com o secretário de Reforma do Judiciário, Marcelo Veiga, do Ministério da Justiça, para tratar o alto déficit e demandas da corporação. Entre os questionamentos estava a realização do Concurso PRF, cujo pedido foi feito ao Ministério do Planejamento, visando à abertura de 1.500 vagas de policial.
De acordo com o presidente da federação, Pedro Cavalcanti, na reunião foi apresentado o Projeto de Fortalecimento Institucional (PFI) da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que inclui a realização de concurso para policial e a criação de um quadro administrativo (há pedido de concurso para 44 vagas no Planejamento). “Hoje temos muitos policiais na atividade-meio, por falta de pessoal para a área de apoio”, criticou Pedro.
Toda a preocupação é causada pois a PRF pode perder até 4 mil policiais, o equivalente a 40% do seu efetivo atual de cerca de 10.000 servidores. A remuneração será de R$7.177,91, incluso o auxílio-alimentação, de R$458. Os recém-concursados são lotados, prioritariamente, nas regiões de fronteiras. Aliás, além da necessidade por pessoal, esse pode ser um fato determinante para abertura do Concurso PRF 2016. Em recente auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que o efetivo do departamento na região é insuficiente para combater os crimes de fronteira, cujo prejuízo estimado é de R$1 bilhão aos cofres públicos.
Atualmente milhares de PRF’s estão atuando no setor administrativo. Um novo concurso exclusivo para Nível Médio(agente administrativo) é de vital importância, pois poderá “liberar” tais policiais para atuarem na atividade fim, evitando o colapso na instituição devido redução do efetivo. Isso deve servir de motivação para aqueles que almejam uma vaga na PRF.