Greve na saúde federal ganha mais adesões no Rio
21/07/2015
Da Redação do Sindsprev-RJ
Por Hélcio Duarte Filho
A greve na saúde federal ganhou mais adesões e força no Rio nesta terça-feira (21). Os servidores do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) decidiram aderir à paralisação da categoria, iniciada nacionalmente no dia 7 de julho e que começou no Rio a partir do dia 13, com a paralisação dos trabalhadores do Hospital Federal Cardoso Fontes.
O início da paralisação no Into teve a realização der ato público, precedido da passagem do comando de mobilização local nos diversos setores da unidade. As internações foram suspensas e o centro cirúrgico reduziu as cirurgias a 30% - a média de 50 cirurgias diárias deve passar a 15 no período da greve.
No Hospital da Lagoa, os servidores decidiram parar a partir desta quarta-feira (22). No Hospital de Ipanema, a categoria promoveu ato público na sexta-feira (17) e decidiu pela adesão à greve nesta semana. A mobilização e a organização da categoria para a campanha salarial também dá sinais de crescimento em outras unidades, como no Instituto Nacional de Cardiologia, no Instituto Nacional do Câncer, no Hospital Federal dos Servidores do Estado e no Hospital Federal de Bonsucesso, onde na semana passada o ambulatório parou por dois dias e está em processo de construção da greve.
Na noite de segunda-feira (20), os servidores da saúde federal se reuniram na sede do Sindsprev-RJ para analisar o movimento e traçar os próximos passos da mobilização, que tem como reivindicações centrais melhores condições de trabalho, reposição das perdas salariais, concurso público, isonomia salarial com a tabela do INSS, garantia do duplo-vínculo, da jornada de 30 horas e defesa da gestão pública da saúde – contra toda forma de privatização.
O movimento, foi ressaltado, é de todos os servidores da saúde federal, incluindo os cedidos. Assembleia da categoria aprovou acrescentar à pauta luta pelo fim do congelamento dos salários dos contratados e a inclusão dos médicos na carreira.
Os servidores decidiram ainda fazer um chamado a todos os sindicatos que atuam na área a participarem da campanha e somarem forças nesta luta, que é, essencialmente, em defesa da saúde pública, gratuita e de qualidade.